Um sonhador que um dia sonhou que dezenas de famílias de trabalhadores rurais teriam um lar digno para morar

Foi assim que eu, líder comunitário Manoel de Jesus Rosa, conhecido como Jesus da CAIB, e Neto Osvaldo percorremos toda a zona rural de Bacabal levando, na época, o sonho de uma casa própria digna para dezenas de trabalhadores e trabalhadoras rurais do município de Bacabal.
Foram muitas as críticas de pessoas, vereadores e, até de secretários que fazem parte do governo, que diziam que esses projetos nunca sairiam do papel, que era uma utopia pensar que trabalhadores rurais pudessem ter um lar decente para colocar suas famílias debaixo.
É verdade foram muitas lutas, muito sofrimento, idas e vindas, várias reuniões, desencontros e até desânimo, mas eu confiei primeiro em Deus, na minha capacidade, na união e convicção da minha luta, e não desisti e não deixei que nenhum dos companheiros desistisse.
Hoje aquele antigo sonho é uma realidade.
No último dia 09 de dezembro, uma terça-feira, no povoado São José das Verdades, o Banco do Brasil formalizou o contrato de financiamento com 47 famílias de trabalhadores rurais daquele povoado, beneficiando mais de 188 pessoas diretamente com moradia, empregando mão de obra alavancando o setor da construção civil, com um investimento de R$ 1.339.500,00.
Tudo isso sendo feito única e exclusivamente por uma associação de produtores rurais. Instituições como essa, no país só têm crescido e, é inevitável não notar a sua contribuição para o crescimento e desenvolvimento da nossa cidade, do estado e do próprio país, principalmente quando se trata de devolver os direitos de cidadania das pessoas, sobretudo aquelas mais empobrecidas.
Essas entidades sem fins lucrativos, formadas pelo terceiro setor, existem no Brasil em cerca de 276 mil, movimentam o equivalente 1,5% do PIB, cerca de 14 bilhões de reais por ano.
Ainda existem problemas de gestão, mas em sua grande maioria, essas entidades têm sido exemplo de democracia, eficiência e, até eficaz em gestão, exemplo que deveria ser seguido por muitos gestores públicos.














Por Manoel de Jesus Rosa
Líder comunitário

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