Lourival Sousa: Trânsito que entristece famílias



Predadores montados em suas máquinas atacam suas presas em situações mais dramáticas, não dando chance para fuga. E o sofrimento das famílias velando e sepultando ou cuidando dos cadeirantes, dos incapacitados definitivamente para o trabalho. Enquanto ocorre a eternização da dor, o governo parece transitar na contramão dessas vidas.


O país continua perdendo jovens saudáveis, produtivos e o IBGE informa que o crescimento da população brasileira foi de 5%. Mão de obra nobre sendo perdida com mortes e incapacidades definitivas para o trabalho.
Até setembro de 2014 o DPVAT pagou 430,3 mil indenizações por invalidez permanente, aumento de 160% em relação a 2010.
Por dia, 1.576 pessoas são mutiladas nesse país, 66 por hora.
O total de indenizações pagas chegou a 559.123 com aumento de 118 %.
Essa é a principal doença epidêmica para a qual não se encontra uma vacina. Famílias no desamparo, inconformadas, sem estrutura para se reerguer, pedem justiça.
Os Ministérios das Cidades, dos Transportes, da Saúde, da Justiça e outros parecem alheios à propagação da maldita doença do trânsito.
Conter tudo isso em curto prazo é intensificar a fiscalização acompanhada de multas e punições severas. Medidas essas de fácil aplicação e de retorno imediato.
A formação do condutor não é compatível para quem vai conduzir uma máquina extremamente perigosa, onde ao lado e em sentido contrário transitam outras, como se não bastasse entre essas máquinas transita o ser humano. Hoje, julga-se necessário apenas 20 ou 25 horas como se a máquina sobre rodas fosse o brinquedo maior do adulto. Na formação do condutor na Austrália são gastas 120 horas. Será que dirigir a 30 ou 40 km por hora, subir um aclive e não deixar o veículo recuar e fazer uma baliza é o suficiente para o “Estado” conceder a Carteira Nacional de Habilitação?
É ensinado apenas fazer o carro e a moto andar. E as situações de risco, a prática da direção defensiva e evasiva, chuva, neblina, dia, noite, rodovias, ultrapassagens de veículos longos, frenagem com desvio de obstáculos e vai por aí. Ampliar conhecimentos colocando-os em pratica é a necessidade maior.
Quando nos voltamos para a motocicleta à coisa se resume a andar em primeira marcha e manter o equilíbrio, tudo num circuito fechado.
Qual será a qualidade desses operadores de máquinas perigosas?
Estamos longe para conseguirmos sair desse nefasto terceiro lugar no rank mundial de mortes no trânsito.
Enquanto isso, famílias desoladas, em sofrimento eterno, conduzindo seus parentes com sequelas graves para hospitais, cirurgias, fisioterapia. Outras velando e sepultando seus entes queridos.
O sofrimento se eterniza, o orçamento da família desaba, necessidades serão passadas, apoio nenhum será ofertado.
Longe disso, o agente causador de todo esse sofrimento, paga uma fiança e se condenado, paga algumas cestas básicas ou presta algum serviço à comunidade.
Fonte: artigo do Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da ABRAMET ( www.abramet.com.br)

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO(LEI Nº 9.503/97)
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal.

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

As discussões pela Coordenação da Campanha SOS VIDA e os técnicos da SUTES-Superintendência de Temas Sócio Educacionais da Secretaria de Educação do Estado do Maranhão, para elaboração da CARTILHA que será utilizada pelos professores e alunos na implementação do tema EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO nas escolas estaduais, estão bem avançadas.
A última reunião realizada dia 26.08.2015, na sala da SUTES, em São Luis, teve a participação das técnicas da Superintendência de Currículos.
Pelo calendário estabelecido nas discussões entre SUTES e SOS VIDA até o final de novembro/15 a cartilha estará pronta.

Por Lourival Sousa
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