Prefeito de Bacabal, José Alberto Veloso, ainda, não deixou o PMDB

G. Lacerda entre a cruz e espada.
Ao contrário do que vem sendo amplamente divulgado na blogosfera ludovicense o prefeito Bacabal, José Alberto Oliveira Veloso, ainda, não se desfiliou do PMDB, mesmo sendo a sua saída da legenda um fato iminente.
Veloso continua filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro e o articulador do grupo político por ele comandado com o aval e apoio do senador João Alberto Sousa, odontólogo e empresário Gilberto Lacerda, trabalha ferozmente no sentido de tentar impedir a divisão do grupo.
Lacerda, que nunca escondeu ter sido contra a entrada de Veloso no PMDB, nesse momento, por mais paradoxal que possa parecer, agora se coloca contra a sua saída, embora não considere esse fato como um rompimento e, até, venha trabalhando uma linha de legendas nas quais o prefeito de Bacabal possa se abrigar.
O articulador é, sim, contra o quase inevitável rompimento político do grupo, por considerar que esse rompimento também representa um futura derrota nas eleições municipais do ano que vem.
Gilberto Lacerda monta a sua tese de derrota apoiado no fato acontecido nas eleições municipais do ano de 1996, quando o grupo se dividiu nas candidaturas do ex-deputado Jura Filho e do ex-perfeito Juarez Almeida e acabou cedendo o controle político do município para o ex-deputado federal José Vieira Lins, que se elegeu, se reelegeu e fez o seu sucessor, o médico Raimundo Nonato Lisboa, que, também, governou por dois mandatos.
O prazo para mudança de partido se encerra, de acordo com o calendário eleitoral, em 02 de outubro, um ano antes das eleições. Nessa data também se encerra o prazo para transferência de domicílio eleitoral. E é a transferência de domicílio o grande problema político de Bacabal e a trava nas articulações comandadas por Gilberto Lacerda.

Encontros
O deputado estadual Roberto Costa, em pesquisas por ele mesmo encomendadas, aparece como o nome densamente mais forte para vencer o pleito o ano que vem. O prefeito José Alberto Veloso aparece com números baixos e grande rejeição. Costa, embora não confirme, deve transferir seu título e atua como pré-candidato fazendo forte oposição a Veloso, inclusive fazendo uso da emissora de TV da qual é sócio minoritário.
O tenso cenário tem feito com que hora Gilberto Lacerda se reúna com o senador João Alberto, em Bacabal ou São Luís, e hora se reúna com o prefeito José Alberto Veloso e com o deputado Federal Alberto Filho. As discussões são tensas e intensas. Dois são os problemas a serem resolvidos: a candidatura de Roberto Costa e os baixos números de José Alberto.
O astuto senador João Alberto criou a teoria dos 20 pontos. Ele quer que o prefeito José Alberto atinga a faixa dos 20 pontos nas pesquisas encomendadas por Roberto Costa para ter o seu apoio. Costa encomenda pesquisas sem incluir nos cenários o nome do ex-prefeito Raimundo Nonato Lisboa, o que, teoricamente, lhe dar larga vantagem.
O "X" da questão é que o senador quer que o prefeito permaneça no PMDB para, no caso de alcançar a meta dos 20 pontos, ser o candidato único do grupo.

Legendas
Como gato que pega tijolada não passa mais em porta de olaria, segundo o poeta e escritor bacabalense Zé Lopes, José Alberto Oliveira Veloso está procurando uma nova legenda para assegurar o seu sonho de continuar governando Bacabal.
Entre as opções de Veloso estão o PP e o PRTB, em Bacabal comandados por Gilberto Lacerda e, seus familiares ou pessoas muito próximas a ele, estão articulando o controle de outras legendas ou a sua filiação a legendas amigas, a exemplo do PRP, do PROS, do PRB e, até, do PSDB.
Dia 02 de outubro o prazo termina...

Por Abel Carvalho

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