A dois anos das eleições 2018 sete já são cogitados para a disputa do Senado

Roseana Sarney, Sarney Filho, Humberto Coutinho, José Reinaldo Tavares, Sebastião Madeira, Weverton Rocha e Waldir Maranhão são cotados para duas vagas

RONALDO ROCHA DA EDITORIA DE POLÍTICA
O Estado Ma

Foto: Divulgação
A dois anos das eleições para o Governo do Estado e para o Senado da República, sete nomes aparecem como prováveis candidatos ao pleito. Na relação, há adversários e aliados do governador Flávio Dino (PCdoB), alguns destes, inclusive, já falaram sobre o interesse em uma das duas vagas que serão abertas, com o fim dos mandatos dos senadores Edison Lobão (PMDB) e João Alberto (PMDB).
A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB); o deputado federal Sarney Filho (PV); o também deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB); o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), além do prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB); Weverton Rocha (PDT) e Waldir Maranhão (PP), ambos deputados federais, são os possíveis candidatos.
Roseana, reconhecida tanto por aliados quanto por adversários como o principal nome para a disputa eleitoral por uma das vagas, jamais demonstrou publicamente o interesse pelo posto, mas aparece posicionada como pré-candidata natural pelo histórico e desempenho nos mandatos já exercidos na vida pública.
Sarney Filho também ainda não tratou do tema publicamente, mas já há quem se movimente por seu nome. No início deste mês, por exemplo, o prefeito de Aldeias Altas, Dr. Tinoco (PMDB) justificou a aliados, durante o aniversário da cidade, o fato de ele ter sido acompanhado nas solenidades pelo deputado federal Aluisio Mendes (PTN), e não por Sarney Filho, como de costume. Ele afirmou que a partir daquele momento Aluisio seria o seu representante na Câmara Federal e Sarney Filho o seu candidato a senador em 2018. Filho não comentou a declaração.
Mesmo grupo – Os demais nomes cogitados para o Senado em 2018 são todos alinhados ao projeto de poder do governador Flávio Dino (PCdoB), que na ocasião, disputará a reeleição para o cargo.
Destes, dois incomodam mais o comunista: Weverton Rocha e José Reinaldo Tavares. Rocha passou a ser o principal articulador da pré-candidatura do prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior, pelo PDT, e tem como pré-candidata em Imperatriz, Rosângela Curado (PDT), exonerada da pasta da Saúde do Governo do Estado em 2015.
O incômodo de Dino se justifica justamente pelo fato de Rocha poder contar com o apoio dos dois prefeitos – caso Edivaldo e Curado sejam eleitos este ano -, dos respectivos maiores colégios eleitorais do Maranhão, para a eleição de 2018. Para neutralizar Weverton, Dino tem fortalecido a pré-candidatura do deputado Marco Aurélio (PCdoB) em Imperatriz.
Já José Reinaldo Tavares, que também trabalha com a possiblidade de candidatar-se ao Senado em 2018, tem sido isolado no Governo por Flávio Dino. O socialista já demonstrou o seu descontentamento com as movimentações do Executivo publicamente, o que provocou mal-estar na base governista.
Humberto Coutinho, que preside a Assembleia Legislativa, já tratou do tema com deputados estaduais mais próximos ao seu gabinete. Para isso, ele trabalha em principais duas frentes. A primeira com investimentos do Executivo articulados por si para Caxias e região, e a segunda com maior proximidade ao governador. É Coutinho quem tem conseguido manter coesa e base governista no Legislativo.
Sebastião Madeira acredita que com o apoio dado ao pré-candidato a prefeito de Imperatriz indicado pelo Governo, poderá cobrar de Flávio Dino sustentação para a sua candidatura em 2018. E Waldir Maranhão, aposta na pré-candidatura de Eliziane Gama (PPS) este ano na capital, para a consolidação de base para a disputa do pleito.
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As eleições municipais 2016 serão determinantes, em determinados casos, para a consolidação de projetos políticos de pré-candidatos ao Senado em 2018. Alguns nomes, como o do deputado federal Waldir Maranhão, por exemplo, dependem necessariamente de êxito de seus pré-candidatos em outubro deste ano, para que se mantenha viável o caminho para 2018. Outros nomes, como o da ex-governadora Roseana Sarney, já consolidado em todo o estado, não carregam dependência alguma em relação ao pleito deste ano. Devem chegar em 2018 com o mesmo cacife político.
Roberto Rocha pode chegar em 2018 como adversário de Dino
O senador Roberto Rocha (PSB), eleito em 2014 pela coligação do governador Flávio Dino (PCdoB), pode chegar em 2018 como adversário direto do comunista para a disputa do Executivo.
Dino disputará a reeleição para o cargo na oportunidade. Já Roberto Rocha, poderá chegar naturalmente como o candidato ao Governo pelo seu partido político. Nos bastidores, ele garante que não há acordo algum entre ele e Dino para as próximas a disputa de 2018.
No início do ano, o senador Roberto Rocha assumiu o interesse em ainda disputar o Governo do Estado, o que provocou forte turbulência no grupo político ao qual pertence.
“Nós temos um mandato de senador, um mandato longo, de 8 anos. Quando terminar o mandato do Flávio e da Dilma, o meu estará no meio, correto? Então é normal, em qualquer canto, um senador, no meio do seu mandato, ser um potencial candidato. Isso aos olhos da classe política. (…) Sou da mesma idade do governador, de partido diferente, e nunca fui do Executivo. Todo mundo sabe que o meu desejo é esse. Tenho me preparado para bem servir meu estado também no Executivo um dia”, disse, em entrevista a um veículo de imprensa da capital.
Por ter dado a declaração, Rocha passou a ser alvo de ataques da mídia alinhada ao Palácio dos Leões. Blogs sugeriram “traição” do socialista ao governado. Ele, contudo, não rebateu.
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