A presidente parece estar disposta a pagar o preço do apoio a estas siglas, já o vice resiste
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Aparentemente não corre bem a negociação de ministérios entre o governo Dilma e o PR, o PP, o PSD e um grupo de partidos nanicos. Os partidos querem fazer um leilão entre o que podem oferecer a presidente Dilma Rousseff e ao vice Michel Temer, de acordo com informações do blog do Kennedy.
O Partido Progressista disse ao Palácio do Planalto que deve tomar uma decisão sobre impeachment somente no dia 11 de abril, provável véspera da votação do pedido de impedimento pela comissão da Câmara. Na mesma linha, o PR ameaça fazer a mesma coisa.
Dilma deve aceitar, já que ofertou a pasta da Saúde ao PP e o Ministério de Minas e Energia ao PR. A petista ainda analisa que pastas pode negociar a mais com o PSD. O governo também negocia com as legendas nanicas.
A razão para o governo fazer isso é para buscar apoio, visto que só tem mesmo certeza de cerca de 100 votos na Câmara. O Palácio do Planalto precisa do apoio de pelo menos mais 100 deputados para ter segurança nos votos. Michel Temer, no entanto, tem evitado entrar no leilão.
No evento de lançamento da 3ª fase do Minha Casa Minha Vida, ocorrido na quarta-feira (30), a presidente Dilma sugeriu que um eventual governo do PMDB tiraria direitos dos trabalhadores. Esta estratégia seria irresponsável do ponto de vista político e econômico, segundo o colunista.
Mas se o plano atual funcionar e Dilma impedir o impeachment, ainda sim os problemas da economia não desaparecerão. Ela terá menos capital político para enfrentá-los com um discurso desse tipo.
