Delação de Machado depende apenas da homologação do ministro Teori Zavascki

Há informações também de que Machado gravou reuniões com o ex-presidente da República José Sarney (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para reforçar acordo


Correio Brasiliense
Pivô da queda do ministro do Planejamento, Romero Jucá, o ex-presidente da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro) e ex-senador pelo PMDB Sérgio Machado fechou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Falta apenas a homologação por parte do relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki.

Pelas regras da colaboração premiada, é preciso que a Justiça aceite os termos dos acordos, que envolvem a confissão de crimes, o pagamento de multas e indenizações pelos valores desviados, e entregue informações e documentos sobre a participação de outros criminosos no esquema. Há informações também de que Machado gravou reuniões com o ex-presidente da República José Sarney (PMDB) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para reforçar seu acordo com o Ministério Público. Ontem, a defesa de Sérgio Machado disse ao Correio que não comentaria o assunto.

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As conversas com o ministro do Planejamento foram gravadas por Machado na casa do ministro em março, antes de a presidente Dilma Rousseff ser afastada do cargo no processo de impeachment. No diálogo, Jucá diz ao ex-presidente da Transpetro que só num outro governo poderia haver um “pacto” para “estancar a sangria” da Operação Lava-Jato. “Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar”, disse o ministro, de acordo com os áudios publicados pela Folha de S.Paulo. “Tem que ser política, advogado não encontra... Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra... Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.”

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