Senado retoma julgamento de Dilma com debates entre defesa e acusação

Agência Brasil
Mariana Jungmann e Iolando Lourenço


Os senadores retomaram nesta terça-feira (30) os trabalhos do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Os advogados Janaína Paschoal (acusação) e José Eduardo Cardozo (defesa), respectivamente, tiveram uma hora e meia cada para fazer suas alegações e depois mais uma hora para réplica e uma hora para tréplica.
Nesta tarde, será iniciada a discussão dos senadores. Cada um terá direito a falar por dez minutos, que não podem ser prorrogados e não há direito a aparte. Até a noite dessa segunda-feira (29), 53 senadores já estavam inscritos para falar, mas outros podem requisitar o direito ao debate até o último minuto. O primeiro será o senador Gladson Cameli (PP-AC). A previsão é de que essa fase do julgamento dure cerca de nove horas, podendo se estender se mais senadores se inscreverem.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, que conduz o julgamento, tem concedido intervalos de uma hora para almoço e uma hora para jantar e outros que variam de 30 minutos a uma hora, a depender do ritmo dos trabalhos.
Depois das discussões entre os parlamentares, finalmente será a vez de Lewandowski fazer a seguinte pergunta aos senadores: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos na instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados, e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?". Essa etapa do processo deve ocorrer apenas na quarta-feira (31).
Será aberto espaço para encaminhamento de dois senadores favoráveis e dois contrários ao impeachment, com cinco minutos de fala para cada um. Após esse encaminhamento, o presidente da sessão abrirá o painel e os senadores serão convidados a votar. O voto é nominal e aberto, computado pelo painel eletrônico, onde o resultado final será divulgado. 
Para o afastamento definitivo da presidente, é necessário o voto de 54 dos 81 senadores (ao menos dois terços) a favor do impeachment.

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