Autodenominação: Kren yê
Outros Nomes
Kren Yê, Kreyê, Timbiara, Tage, Crange, Crenge, Crenye, Creye, Krem-Ye, Taze (SIL).
População
30 (SIL e Instituto Antropos).
Localização
O nome Krenyê se aplica a dois povos. O primeiro grupo vivia nas proximidades de Bacabal, no Baixo Mearim, Maranhão. Outro grupo vivia no Médio Tocantins e transferiu-se para o Rio Gurupi, tendo vivido algum tempo junto a um afluente desse, o Cajuapara.
Língua
Timbira Kreyê. Timbira ou Timbira Oriental, Gê do Norte da família Gê Pano-Carib. A língua da família Gê consiste em dois grupos: o central compõe-se do Xavánte, Xerénte Kaingang e Xakriabá no sul; o segundo grupo é do Gê noroeste e inclui os Kayapó, Apinayé, Panará, Suyá e os cinco Timbiras.
Os Kreyê pertencem ao grupo Timbira Oriental do sul. Os povos falantes de Timbira são os Krikati, Pukobyé (Gavião do Maranhão) e Parkatejê (Gavião do Pará, Timbiras da Mãe Maria, Pará). Quase extinta.
História
Os Kreyês são dos Timbiras Orientais. Dos 11 povos que existiam antigamente, existem hoje: os Kri(n)kati, Gavião do Maranhão (Pykopjê), Gavião do Pará (Parkatêgo), Apanyekrá, os Krahó e os Canela. Os Kreyê também eram deste grupo de Timbiras.
O primeiro grupo
No Rio Mearim havia os Kreyês, perto de Bacabal. Eles estabeleceram relações pacíficas com os brancos e 87 Krenyê moravam em Leopoldina, no Meio Rio Grajaú, em 1862. Mas sofreram com uma epidemia e mudaram-se para a floresta, à margem direita do Rio Grajaú, perto de Cajueiro, onde moravam 43 indivíduos em 1919.
Os Kreyês mudaram-se do Rio Mearim para o Gurupi por volta do ano 1850, para o Rio Pindaré na década de 60 e voltaram para o Ig. Jararaca, no Gurupi, em 1889, perdendo sua população de aproximadamente 150 pessoas para 41 pessoas. Desses, sobreviveram 28 e em 1983 viviam só dois, casados com brasileiras. A última falante da língua morreu em 1983 (Balée 1994.45).
O segundo grupo
Os Krenyês do Cajuapara moravam perto de Imperatriz, mas, depois de terem suas crianças raptadas, atacaram uma fazenda, mataram sete pessoas e fugiram para as cabeceiras do Rio Cajuapara, afluente do Gurupi, por volta do ano 1870. Em 1919 a população era de 65 pessoas. Depois, a maioria foi transferida para o Posto Felipe Camarão, na foz do Ig. Jararaca, no Rio Gurupi.
Quando Darcy Ribeiro visitou o Posto, em 1949, havia apenas 23 Timbiras, alguns casados com não-Timbiras. Hoje em dia os Krenyê que vivem na T. I. do Alto Guamá são descendentes do grupo do Ig. Jararaca, entre 800 outros indígenas.
Bibliografia:
BALÉE, William, 1994, Footprints in the Forest-Ka'apor Etnobotany, New York: Colombia Univerity Press.
ISA – Instituto Socioambiental, São Paulo, http://www.socioambiental.org/
SIL 2009: Lewis, M. Paul (ed.), 2009. Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International.http://www.ethnologue.com.
Outros Nomes
Kren Yê, Kreyê, Timbiara, Tage, Crange, Crenge, Crenye, Creye, Krem-Ye, Taze (SIL).
População
30 (SIL e Instituto Antropos).
Localização
O nome Krenyê se aplica a dois povos. O primeiro grupo vivia nas proximidades de Bacabal, no Baixo Mearim, Maranhão. Outro grupo vivia no Médio Tocantins e transferiu-se para o Rio Gurupi, tendo vivido algum tempo junto a um afluente desse, o Cajuapara.
Língua
Timbira Kreyê. Timbira ou Timbira Oriental, Gê do Norte da família Gê Pano-Carib. A língua da família Gê consiste em dois grupos: o central compõe-se do Xavánte, Xerénte Kaingang e Xakriabá no sul; o segundo grupo é do Gê noroeste e inclui os Kayapó, Apinayé, Panará, Suyá e os cinco Timbiras.
Os Kreyê pertencem ao grupo Timbira Oriental do sul. Os povos falantes de Timbira são os Krikati, Pukobyé (Gavião do Maranhão) e Parkatejê (Gavião do Pará, Timbiras da Mãe Maria, Pará). Quase extinta.
História
Os Kreyês são dos Timbiras Orientais. Dos 11 povos que existiam antigamente, existem hoje: os Kri(n)kati, Gavião do Maranhão (Pykopjê), Gavião do Pará (Parkatêgo), Apanyekrá, os Krahó e os Canela. Os Kreyê também eram deste grupo de Timbiras.
O primeiro grupo
No Rio Mearim havia os Kreyês, perto de Bacabal. Eles estabeleceram relações pacíficas com os brancos e 87 Krenyê moravam em Leopoldina, no Meio Rio Grajaú, em 1862. Mas sofreram com uma epidemia e mudaram-se para a floresta, à margem direita do Rio Grajaú, perto de Cajueiro, onde moravam 43 indivíduos em 1919.
Os Kreyês mudaram-se do Rio Mearim para o Gurupi por volta do ano 1850, para o Rio Pindaré na década de 60 e voltaram para o Ig. Jararaca, no Gurupi, em 1889, perdendo sua população de aproximadamente 150 pessoas para 41 pessoas. Desses, sobreviveram 28 e em 1983 viviam só dois, casados com brasileiras. A última falante da língua morreu em 1983 (Balée 1994.45).
O segundo grupo
Os Krenyês do Cajuapara moravam perto de Imperatriz, mas, depois de terem suas crianças raptadas, atacaram uma fazenda, mataram sete pessoas e fugiram para as cabeceiras do Rio Cajuapara, afluente do Gurupi, por volta do ano 1870. Em 1919 a população era de 65 pessoas. Depois, a maioria foi transferida para o Posto Felipe Camarão, na foz do Ig. Jararaca, no Rio Gurupi.
Quando Darcy Ribeiro visitou o Posto, em 1949, havia apenas 23 Timbiras, alguns casados com não-Timbiras. Hoje em dia os Krenyê que vivem na T. I. do Alto Guamá são descendentes do grupo do Ig. Jararaca, entre 800 outros indígenas.
Bibliografia:
BALÉE, William, 1994, Footprints in the Forest-Ka'apor Etnobotany, New York: Colombia Univerity Press.
ISA – Instituto Socioambiental, São Paulo, http://www.socioambiental.org/
SIL 2009: Lewis, M. Paul (ed.), 2009. Ethnologue: Languages of the World, Sixteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International.http://www.ethnologue.com.
Uma matéria assim nos leva às raízes, de certa forma saudosas, de uma Bacabal que tem construído tantas histórias em seus 97 anos, hoje, 17 de abril.Parabéns minha cidade!
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