João Alberto garante que fez o certo ao arquivar a denúncia contra Aécio Neves ao Conselho de Ética


João Alberto reafirma que fez o que achou certo
João Alberto diz que fez o que achou certo
“Estou tranquilo. Estou convencido de que tomei a decisão certa”. As declarações são do senador João Alberto (PMDB), 2º vice-presidente do Senado e presidente do Conselho de Ética e decoro Parlamentar da instituição, em comentar sua decisão de arquivar, na sexta-feira (23), a Representação em que o senador amapaense Randolfe Rodrigues (Rede) pede a cassação do senador afastado mineiro Aécio Neves (PSDB) por quebra de decoro, com base na delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Na leitura que fez da Representação e do que está sendo mostrado, não existe, no seu entendimento, um só elemento que prove que o chefe nacional dos tucanos tenha pedido propina ao empresário. “Eu procurei, vasculhei, mas nada encontrei uma prova de que Aécio Neves tenha cometido um crime, e por isso não poderia levar isso adiante no Conselho”, explicou o senador. Mas deixou claro que se o senador amapaense autor da acusação recorrer da sua decisão e o Conselho acatar o recurso, dará tramitação normal à Representação, deixando a decisão para o colegiado.
João Alberto avalia que muitos compreenderam sua posição e elogiou os grandes órgãos de imprensa, principalmente os grandes jornais, de terem registrado sua decisão de maneira jornalisticamente correta, sem distorcer os fatos. O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo fizerem registros isentos da decisão de arquivar a Representação, não emitindo juízo de valor nas suas reportagens sobre o assunto. Houve, aqui e ali, manifestações de opinião críticas, mas dentro de limites e linguagens aceitáveis. Os jornais lembraram que o pemedebista é um dos próceres do grupo liderado pelo ex-presidente José Sarney (PMDB) e que integra a cúpula do PMDB no País e no Senado. Nada, portanto, de agressões. Ao contrário, todos os registros sobre a decisão apontaram João Alberto como um político experimentado, que não entraria numa roubada para salvar na marra um membro da Casa. Nenhum optou pela versão “decepcionada”, mas contida, da Globo, que relacionou o arquivamento a um suposto acordo de troca em que o PSDB manteria o apoio ao Governo Michel Temer em troca do salvamento do senador Aécio Neves. Pode até ter havido tal acordo, mas isso não mudou o entendimento do presidente do Conselho de Ética, que mantém categoricamente o argumento de que não encontrou provas que justificassem a admissão da denúncia formulada pela Rede.
– Não tenho mais idade (81 anos) para me dobrar a pressões, venham elas de onde vierem – declarou o senador maranhense, dando por encerrado o episódio do arquivamento e reafirmando mais uma vez a sua emblemática coragem política.

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