João Alberto comemora discretamente decisão do Conselho de Ética a favor de Aécio Neves

Ribamar Corrêa

O senador João Alberto (PMDB) comemorou ontem, discretamente, a decisão do Conselho de Ética do Senado de arquivar, por 11 votos a quatro, a Representação feita pela Rede Sustentabilidade pedindo a cassação do mandato do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), acusado de pedir propina ao empresário Joesley Batista, da JBS.

Não pelo benefício que alcançou o senador tucano, mas porque, na prática, ao mandar arquivar a peça-denúncia, a esmagadora maioria do Conselho confirmou sua decisão inicial de não aceitar a Representação da Rede por falta de provas.

Quando recebeu a peça, no mês passado, o presidente do Conselho de Ética estudou cuidadosamente o seu conteúdo, consultou a competente assessoria jurídica do Senado e declarou não ter encontrado no que foi apresentado como prova nada que pudesse ser interpretado como elemento gerador de falta de decoro parlamentar.

Depois, João Alberto avaliou que seria absurdo colocar em marcha um processo de cassação de um senador sem que a acusação que deu origem à denúncia tivesse sido devidamente investigada e que Aécio Neves tivesse sido julgado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal.

“Seria uma precipitação muito grave anteciparmos um julgamento sem provas convincentes”, declarou João Alberto naquele momento. Em declarações recentes, o senador pemedebista refirmou o seu principal critério para receber uma Representação contra um senador e dar-lhe encaminhamento ou arquivá-la: “Tem de haver provas concretas, que não sejam recortes de jornais, mas documentos que comprovem o crime do qual o senador é acusado”.

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