Projeto de Lei do vereador Melquíades Neto quer instituir 'Cadê a Bacaba' como Hino Cultural de Bacabal

O Vereador Melquíades Neto quer transformar a canção Cadê a Bacaba, de autoria dos poetas e compositores Abel Carvalho, Paulo Campos e Zé Lopes, no Hino Cultural do Município de Bacabal. Nesse sentido o parlamentar peemedebista apresentou Projeto de Lei, que hoje tramita na comissão de Legislação Justiça e Redação Final a espera de avaliação e parecer.

Em seu Artigo 1º o projeto determina que fica aprovado o Hino Cultural do Município de Bacabal, composto pela música Cadê a Bacaba, de autoria de Abel Carvalho, Paulo Campos e Zé Lopes, conhecidos artistas locais que em muito têm contribuído para a nossa Cultura.

Em seu Artigo 2º o projeto determina que o Hino Cultural de Bacabal será sempre executado nas seguintes oportunidades: na abertura anual dos trabalhos legislativos; na abertura de todos os eventos folclóricos e culturais do Município; nos demais casos expressamente determinados pelos regulamentos de cerimônias de cortesias nacionais e interestaduais.

Já o parágrafo 1º desse artigo diz que será facultada a execução do Hino Cultural de Bacabal na abertura de sessões cívicas, esportivas, nas cerimônias religiosas a que se associe sentido cívico, bem assim para exprimir regozijo público em ocasiões festivas, como na abertura das atividades escolares.

O Artigo 3º determina que durante a execução do Hino Cultural de Bacabal será, obrigatória a atitude de respeito, conservando-se todos de pé e em silêncio e o Art. 5º determina que todos os estabelecimentos públicos ou particulares de ensino de 1º e 2º graus e profissional do Município deverão ensinar o canto do Hino Cultural de Bacabal.

Letra do futuro Hino Cultural de Bacabal
Cadê a Bacaba
(Abel Carvalho, Paulo Campos e Zé Lopes)

Olha a Bacaba
Cadê?
Quem não bebeu
Quem não provou
Dançou

Não conheceu...

Roubaram da história o passado
Tiraram desse povo o que é seu
Juçara, anajá e buriti
Há muito tempo habitaram por aqui
Porém perderam a memória
Quem sabe o fim dessa história
O povo na avenida quer ouvir...

Como explicar cortar as curvas de um rio
E desviá-lo dos olhos do pescador
Tomar da natureza é desafio
É contrariar o Criador
Tirar do homem o sustento
E assim deixá-lo sedento
É querer torná-lo sofredor...

Mas a Unidos canta forte na avenida
Resgatando com orgulho o que é seu
Fazendo da tristeza a alegria
Pergunta: e o beco quem comeu?

Contudo essa folia
Refaz a nossa euforia
E o povo só lamenta o que perdeu...

Olha a Bacaba
Cadê?
Quem não bebeu
Quem não provou
Dançou
Não conheceu...

Veja o clip com a música:

Justificativa
Melquíades Neto justifica a sua ideia afirmando que  "o nosso objetivo ao propormos a criação do Hino Cultural do Município de Bacabal é enaltecer o seu patrimônio Cultural e histórico, promover as virtudes da sua gente, incentivar o nativismo para um orgulho construtivo da comunidade local, além de estimular a criação artística e cultural."

Continua justificando afirmando que "Diante da inversão de valores morais e culturais, crescentes na sociedade atual e da ausência do espírito de cidadania, vemos a necessidade de encontrar meios que resgatem o nativismo e o respeito à nossa cultura e a nossa história."

E acrescenta que "como ponto de partida para o desenvolvimento desta “consciência”, valorizamos a utilização do Hino Cultural, como ferramenta principal de conhecimento e informação, no processo pedagógico. O Hino Cultural será um dos símbolos de Bacabal. É uma poesia metafórica, em forma de música, que representa o nosso município e o povo que aqui vive. É também uma mostra de valores da nossa cultura, história e sociedade. Nele, está retratada a grandeza do nosso município, por si próprio e a importância das riquezas naturais do nosso território. A letra do hino é forte e carregada de frases ousadas, “roubaram da história o passado”, “tiraram desse povo o que é seu”, “como explicar cortar as curvas de um rio e desviá-lo dos olhos do pescador”, “tomar da natureza é desafio, é contrariar o Criador”. Este trabalho é também para que todos tenham um olhar crítico e possam interpretar e compreender o que o autores quiseram dizer."