Rogério Alves: Porandubas Políticas


Rogério Alves: Florêncio Neto precisa saber decidir
Rogério Alves
Advogado

Essa coluna fazia parte do antigo blog "cia do direito" e em tempos de eleição trago ela de volta, em homenagem ao grande Jornalista bacabalense Abel Carvalho.

A coluna traz toda semana um "causo da história política nacional, catalogada pelo jornalista Guaudêncio Torquato , seguido de uma análise política local, essa por mim mesmo.


O "causo" desta semana vem de Pernambuco:
Cala a boca, rapaz
O caso deu-se em São Bento do Una/PE, nos idos de 60. O caminhão, entupido de gente, voltava de um jogo de futebol, corria muito, virou na curva da estrada. Foram todos para o hospital. Uma dúzia de mortos. Lívio Valença, médico e deputado estadual do MDB, foi chamado às pressas. Pegou a carona de um cabo eleitoral, entrou na sala de emergência do hospital e foi examinando os corpos:
– Este está morto.
Examinava outro:
– Este também está morto.
O cabo eleitoral se empolgava:
– Já está até frio.
De um em um, passaram de 10. Lá para o fim, dr. Lívio examinou, reexaminou, decretou:
– Mais um morto.
O morto gritou:
– Não estou morto não, doutor, estou só arrebentado.
O cabo eleitoral botou a mão na cabeça dele:
– Cala a boca, rapaz. Quer saber mais do que o dr. Lívio?
Luz no fim do túnel?


Será que há alguma luz no fim do túnel eleitoral em Bacabal?
A essa altura, depois de passada as convenções para a eleição suplementar de prefeito, não existe nenhuma novidade.


O grupo do senador João Alberto reuniu os últimos governantes locais (Lisboa e Zé Alberto) aos quais são atribuídos o caos que nossa cidade vive atualmente.


Do outro lado o grupo do ex-prefeito Zé Vieira (sem o apoio de Zé Vieira) reúne os que governaram Bacabal no último ano, aos quais são atribuídos desvio de verbas, intrigas de família e compra de apoio político.


A terceira via não conseguiu a tão sonhada unidade e se dividiu em três candidaturas: professor Maninho, Luizinho padeiro e Roberto Hiley, pessoas de bem, mas com grupos anoréxicos que não encantam os eleitores.


Só resta então uma luz no fim do túnel, gritar: "não estou morto não doutor, só arrebentado" e torcer para nenhum cabo eleitoral de João ou de Zé venha nos fechar a boca.


Melhor arrebentado até 2020 do que morto.

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