Rogério Alves: Embaixador ou líder de partido, meu filho tem que ter vaga...

Rogério Alves, advogado - Com a briga do PSL se instala mais uma batalha onde a família Bolsonaro se coloca como única capacitada para todos os cargos da República.
E o pior é que uma minoria de brasileiros aplaude a vocação despótica de Jair Bolsonaro.
Como eu não tenho vocação de maria vai com as outras, relembro aqui a história de Calígula, que reinou entre 37 e 41, nomeou cônsul o seu cavalo, Incitatus, e forçou o Senado a homenageá-lo.
Prestes a indicar um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), parra o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro assegurou que “toda a população vai ganhar” caso ele seja conduzido ao mais importante posto diplomático do país no exterior.
A possível indicação, no entanto, é uma vergonha nacional, só pela cogitação. No Itamaraty há duas centenas de diplomatas esperando pela vaga na principal embaixada da diplomacia brasileira.
A indicação para a mais importante embaixada brasileira, a de Washington(EUA), exige uma série de ponderações extra relações com o Poder Executivo (Donald Trump) de plantão porque o diplomata/embaixador precisa ter domínio e trânsito reconhecido em nome do Brasil com outros setores, além de Governo, como o Congresso Americano, inclusive com os Democratas, hoje maioria na Câmara.
Nós, a sociedade, estamos reagindo fortemente e o presidente já dá sinais de recuo, mas cabe ao Senado Federal, caso venha a ser convocado, barrar este insulto e agressão à diplomacia brasileira. A Casa Alta, representante do Estado brasileiro, precisa reagir impedindo a nomeação, sob pena de ficar na história como sendo o senado que homenageou o cavalo do presidente.
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