Feito nas coxas: Grupamento do corpo de bombeiros de Bacabal não tem telefone 193 e corpo salva-vidas

O ex-vereador Osmar Moreira Noleto, que também é jornalista e radialista, dizia em seu programa Roda Viva – na saudosa Rádio Jainara AM -, nos idos e bons tempos, que a cidade de Bacabal tem uma cabeça de burro enterrada em algum lugar que a gente não sabe onde é. Tenho que resgatar essa história que explicar que aqui nessa cidade tudo é muito mais difícil do que nas outras.
Senão vejamos.
O deputado federal José Alberto Veloso Oliveira Filho tirou, dos 16 milhões de reais aos quais tem direito como emenda parlamentar, um pouco mais de 1 milhão de reais para comprar as viaturas e equipamentos que permitiram a implantação do 6º grupamento do corpo de bombeiros do Maranhão aqui em Bacabal.
O deputado Alberto Filho acompanhado por pelo
menos um dos integrantes da turma da guimba.
Essa grana foi anunciada ainda no ano atrasado, juntamente com uma verba para a reforma do aeroporto regional presidente José Sarney – reforma que nunca saiu, diga-se de passagem.
Pois bem. Veloso Filho e Veloso pai passaram o ano passado todinho marcando data atrás de data para inaugurar o tal grupamento de bombeiros. Foi preciso um incêndio de grandes proporções para que o corpo de bombeiros fosse efetivamente instalado.
Mas aí vem a tal cabeça de cavalo. Não é que mesmo com esse atraso todo a instalação do grupamento foi feita nas coxas! Até o momento que em editava esse artigo o cidadão bacabalense ainda não dispunha do telefone de urgência 193 para fazer os seus reclamos e solicitações para o corpo de bombeiros de Bacabal.
Quem tiver um problema e precise acionar os bombeiros tem que ligar para o número convencional 3621-5488. E essa falha só foi descoberta depois que as pessoas que precisaram acionar o corpo de bombeiros e começaram a ligar 193. Mas o que acontecia era que as ligações ou caiam em Santa Inês ou em Imperatriz.
Após o vazamento o comandante do grupamento veio a público explicar que os bacabalenses podiam ligar para a linha convencional 3621-5488 ou para o 190 da polícia militar, que por sua vez acionaria os bombeiros.
Pior foi a desculpa esfarrapada que o comandante deu para o 193 não funcionar. Ele explicou que a operadora de telefonia ainda não tinha disponibilizado uma tal de conversão da linha convencional para 193, pediu mais paciência, disse que tinha dado entrada na documentação em São Luis, etc.
O certo é que a pressa impediu que o grupamento fosse solenemente inaugurado pela governadora Roseana Sarney Murad sem o seu principal elo de comunicação com a comunidade.
E tem mais. Anunciaram que entre os equipamentos comprados pelo milhão do deputado bacabalense estariam 1 Bote inflável para operações aquáticas e 1 Bote de Alumínio que eu imagino ter o mesmo objetivo. Isso demandaria que o 6º grupamento do corpo de bombeiros de Bacabal deveria ter ou formar um corpo de salva-vidas, ou guarda vidas. Salvar vidas não é resgatar corpos no fundo do rio.
Todos nós sabemos que Bacabal é banhada pelo segundo maior rio genuinamente maranhense e que esse rio tem o hábito de matar pelos menos 5 ou 6 incautos por ano. Até agora o bote inflável e o bote de alumínio vão foram vistos por ninguém navegando nas águas do Rio Mearim, nem mesmo nos finais de semana, principalmente aos domingos quando o movimento de banhistas é mais intenso.

A lembrança está feita.

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