O conhecido edifício Brasillar sofre vistoria e pode ser interditado

Denúncia feita por um grupo de bacabalenses em uma das principais redes sociais da rede mundial de computadores levou o 6º grupamento de bombeiros de Bacabal e a comissão Estadual de defesa civil a se mobilizar no sentido de promover vistoria no prédio, hoje apenas residencial, conhecido como edifício brasillar, localizado no centro da cidade de Bacabal.
Edifício Brasillar, o patinho feio de Bacabal.
A vistoria aconteceu na manhã da última quarta-feira e o procedimento se deu apenas no formato visual, uma vez que entre os integrantes das duas corporações não existem técnicos habilitados, a exemplos de engenheiros os técnicos em edificações.
Os próprios patrocinadores da vistoria deixaram claro se tratar apenas de uma intervenção visual admitindo a falha no procedimento que estavam realizando.

Interdição
Mesmo assim o laudo conjunto que será expedido deverá recomendar a interdição do imóvel em razão do seu estado de degradação em função da falta de conservação. Esse dado ficou explicito em todas as explicações dadas a imprensa pelos integrantes da comissão que promoveu a vistoria.
Mesmo com a interdição tecnicamente definida a comissão recomendará a doação de uma série de medidas que visam a recuperação das instalações elétricas e hidráulicas do edifício, procedimento que poderia evitar a demolição.
Contudo dificilmente a implementação dessas será possível. Construído no início da década de 80 do século passado o edifício brasillar acumulava a dupla função de prédio comercial e residencial. O andar térreo foi projetado exclusivamente para abrigar pontos comerciais. O primeiro andar é dotado de salas construídas com objetivo alojar escritórios e similares e o terceiro andar era dotado de apartamentos residenciais.
Em razão de problemas financeiros enfrentados pelo grupo construtor da obra o prédio veio mudando de dono ao longo de todos esses anos, tendo inclusive servido como caução para dívidas.
Hoje a situação se complica para que seja cobradas e adotadas medidas que garantam a segurança do edifício porque ele não tem apenas um único proprietário. O seus apartamentos e salas pertencem a proprietários isolados que fazem uso dos mesmos para auferirem uma renda extra com aluguel.
Seus moradores também não se organizam em um condomínio, o que dificultará o cumprimento das medidas que serão sugeridas por falta de uma verba coletiva. E os moradores terão grandes dificuldades para se organizar porque o edifício brasillar tem dívidas em todos os níveis que se pode imaginar, além do impedimentos legais originados por ter servido de garantia bancária.
Os moradores anteriores deixaram dívidas quase impagáveis com o serviço autônomo de água e esgoto (SAAE – Ba) e com a companhia energética do Maranhão (Cemar). Hoje boa parte dessas ligações, além de serem individuais são clandestinas.

Não vai cair
Apesar de muito feio esteticamente o edifício brasillar não corre nenhum risco de desabamento. O prédio já foi vistoriado diversas vezes pelo conselho regional de engenharia e agronomia (CREA-Ma) que sempre descartou essa trágica possibilidade. Os técnicos do CREA têm afirmado que o edifício brasillar não tem problema nenhum em sua estrutura.

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