ÉPOCA - O tapetão do Maranhão: como é a disputa eleitoral entre o governador Flávio Dino e o clã Sarney

Competição se trava nas ruas (em torno do asfaltamento delas), mas também nas manobras em torno das decisões da Justiça

AMANDA ALMEIDA, ÉPOCA, COROATÁ - MA

A cratera em frente à casa dos aposentados José Ribamar da Silvana e Luiza Helena de Medeiros, em Coroatá. O asfalto aplicado à rua pelo governo de Dino, na véspera das eleições municipais de 2016, foi apelidado de "asfalto eleitoreiro" na cidade - Júnior Foicinha

O casal de aposentados José Ribamar da Silvana, de 71 anos, e Luiza Helena de Medeiros, de 58, mora na Rua 7 de setembro, no bairro da União, em Coroatá, município do Maranhão, a 250 quilômetros de São Luís. Em frente à casa deles, uma cratera rasga quase de ponta a ponta a rua. O buraco deixa à mostra o antigo calçamento de pedra e terra e surgiu, segundo os moradores, pouco tempo depois de as máquinas de uma empresa contratada pelo governo de Flávio Dino (PCdoB) terem asfaltado, em setembro de 2016, ruas do bairro.

Faltavam duas semanas para as eleições municipais quando as máquinas chegaram para executar o programa Mais Asfalto, uma das ações do governo Dino. Candidata à reeleição, a então prefeita, Teresa Murad, não gostou. Acusou o governador de agir para beneficiar seu adversário nas urnas, o petista Luis da Amovelar Filho. Concunhada e aliada da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), Teresa Murad deu ordens aos servidores da prefeitura para bloquear os tratores. Reivindicação popular antiga, a pavimentação só saiu com escolta policial. Passada a eleição, o buraco apareceu e nem prefeitura nem o governo do estado voltaram para impedir sua transformação em cratera. “Bastou passar um carro mais pesado para abrir esse buraco. Político só serve durante as eleições. Depois de 2016, nunca mais apareceram para arrumar a rua”, relatou Ribamar.

O embate político entre Dino e o clã dos Sarney em torno do asfalto de Coroatá, porém, continuou e ganhou neste ano nova temporada. No começo deste mês, a juíza da cidade, Anelise Nogueira Reginato, de primeira instância, assinou uma sentença que cassa o prefeito Luis da Amovelar Filho e o vice e decreta a inelegibilidade de Dino por abuso de poder econômico, político e administrativo. “A obra poderia ser lícita e benéfica à população, mas ela foi utilizada pelo governo do estado como propaganda, atrativo, cooptadora de votos da campanha dos então candidatos a prefeito e vice-prefeito de Coroatá”, frisa a juíza na decisão, assinada no dia 6 de agosto.

Coroatá é o reduto político de Ricardo Murad (PRP), marido da ex-prefeita Teresa e irmão de Jorge Murad, marido de Roseana Sarney, principal adversária de Dino neste ano. Por isso, a sentença da juíza Reginato foi encarada por Dino como uma manobra do clã Sarney para recuperar o governo do estado no tapetão judicial. “A doutora Anelise chegou à cidade há quatro meses. Ela é magrinha, bonita, elegante e muito simpática”, descreveu Luis da Amovelar. Pai do prefeito, é quem, de fato, comanda Coroatá.

A cidade de 64 mil habitantes, a 19ª maior do Maranhão, segundo projeções do IBGE, tem IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, de 0,57 — 99º lugar entre os municípios maranhenses — e economia fortemente dependente do Bolsa Família. Sua política é um microcosmo da situação do Maranhão, em que o poder é disputado pelo clã Sarney e pela “oposição” liderada por Dino, como os aliados do governador, vez ou outra, ainda se referem a si próprios depois de mais de 50 anos de controle político do estado pelos adversários.

Do alto de seu 1,60 metro de altura, Amovelar mandou oficialmente em Coroatá entre 2005 e 2012, depois de vencer uma disputa comparada na cidade à luta de Davi contra Golias. No palanque adversário, Ricardo Murad, com fama de sisudo, pedia votos para a filha Andrea Murad (PRP), hoje deputada estadual. “Olha para ela, gente. Coroatá vai mesmo deixar de votar nesta menina bonita para eleger esse orelha de rato?”, perguntava Murad.

Vitorioso, Amovelar, nome de sua rede de lojas de móveis que virou sua assinatura, deixou a prefeitura com uma série de processos. Em um deles, foi condenado por desvio de verbas públicas e se tornou inelegível. “Nossa gestão foi a mais atrapalhada que você possa imaginar. Entrei na prefeitura sem nem saber que tinha de fazer licitação”, admitiu. Sem poder concorrer em 2016, quem disputou foi o filho. “Eu fico à frente (da prefeitura) porque ele é muito jovem e sem experiência. E, na campanha em si, já foi falado que eu estaria auxiliando”, contou Amovelar.

A dupla segue à frente da prefeitura, à espera do julgamento de recursos contra a sentença de Reginato. Com 23 anos, o filho prefeito ainda mora com o pai. A reportagem de ÉPOCA tentou falar com Luis da Amovelar Filho antes de se encontrar com o pai. Foi informada de que ele estava se arrumando para um almoço com candidatos a deputado. Vestido com uma camisa polo, gel no cabelo e cordão de ouro, chegou uma hora depois e perguntou se o pai havia “esclarecido a história da cassação”.

Após a sentença da juíza Reginato, Amovelar recebeu uma ligação do Palácio dos Leões, a sede do governo estadual. “‘Luis, o que está acontecendo em Coroatá? Seu filho está cassado?’”, contou Amovelar, sobre o que ouviu. Em poucos minutos, a cidade virou um furdunço. Moradores foram para a porta da casa dos Amovelars para entender o que ocorria. O pai foi ao fórum na tentativa de conversar com a juíza, mas só viu a porta pela frente. Reginato tem uma casa em Coroatá, mas vive em São Luís, para onde foi logo depois da decisão.

A poucos quilômetros da casa do prefeito fica o sítio dos Murads em Coroatá. Segundo relatos da vizinhança, um vigia e um “cuidador” passam mais tempo por lá que o ex-prefeito. Na cidade, dizem que ele só é visto com mais frequência durante as eleições. Hoje, há poucos Murads na cidade, mas a família conserva sua força política. Ela pode ser atestada na divisão da Câmara Municipal, na qual Murad ainda tem o apoio de sete veradores, em comparação com oito de Amovelar. “Somos meio a meio aqui”, disse Amovelar. A praça em frente à prefeitura de Coroatá leva o nome de José Sarney.

Murad não quis dar entrevista a ÉPOCA. Alegou estar envolvido com um julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, que decretou sua inelegibilidade na última terça-feira, dia 21 de agosto, numa ação referente às eleições de 2012. A Corte confirmou sentença da juíza Josane Araújo Farias, antecessora de Anelise Reginato em Coroatá. Segundo Farias, como secretário de Saúde no governo de Roseana, Murad abusou de poder político e usou a máquina pública a favor da candidatura de sua mulher, Teresa Murad, à prefeitura de Coroatá. Com a confirmação do TRE, a candidatura a deputado federal de Murad deverá ser barrada pela Justiça eleitoral.


O governador Flávio Dino (ao centro, na foto) em campanha na região metropolitana de São Luís. Com a máquina estadual na mão, ele está acossando o clã Sarney. O número de partidos aliados de Dino saltou de nove, em 2014, para 16, agora em 2018 - Júnior Foicinha

Enquanto os moradores de Coroatá ainda tentavam entender se Amovelar era ou não prefeito, o governador digeria a notícia com nervosismo. Em poucos minutos, ele, advogados e secretários começaram a levantar a ficha da juíza. Primeiro, descobriram que a juíza é de Curitiba e curtiu no Facebook páginas relacionadas ao juiz Sergio Moro da Lava Jato. “Deve ser fã do Sergio Moro e está nessa onda de super-herói da nação”, pensou de imediato um dos auxiliares de Dino.

Os aliados do governador dizem também ter descoberto no Facebook uma postagem de 2012 na qual a juíza diz se sentir em casa numa empresa de Sarney. Reproduziram a publicação numa representação do PCdoB contra Reginato no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A turma de Dino ainda levantou declarações de um deputado estadual, na tribuna da Assembleia, em apoio ao marido da juíza. Edilázio Júnior (PV) é genro de um irmão do ex-presidente José Sarney.

A juíza apagou seu perfil na rede. Fez boletim de ocorrência em que se diz vítima de uma montagem. “Registrei ocorrência policial para apurar montagem feita com foto do meu perfil social e estou aguardando a elaboração do laudo respectivo, que é confeccionado por perito especialista em fake news”, relatou a ÉPOCA. Ela não quis dar entrevista. Mandou apenas uma mensagem, em que disse que “não tem vínculo com qualquer das partes”. “Se tivesse, teria me declarado suspeita ou impedida”, afirmou. Sobre as contestações à decisão, ela disse que “qualquer irresignação — tanto de cunho processual quanto extraprocessual — quanto à decisão pode ser objeto de recurso. Depois de prolatada a decisão, não cabe ao juiz defendê-la. Esse interesse, ou o de mudá-la, cabe exclusivamente às partes”. Na quinta-feira (23), o CNJ decidiu arquivar a representação contra a juíza. O ministro João Otávio de Noronha diz que "não há nos autos elementos probatórios mínimos de falta funcional praticada pela juíza requerida aptos a ensejar a atuação da Corregedoria Nacional de Justiça".

Para Dino, por trás da juíza está a tentativa do grupo Sarney de voltar ao poder depois de ter sido derrotado em 2014. “Tentar alguma coisa inusitada, fantasiosa, infelizmente, faz parte da trajetória deles. Para começar, a ação é do cunhado da Roseana”, disse. A chapa de Teresa Murad representou contra Amovelar Filho e o governador logo depois da confusão no bairro da União. “As relações muito íntimas que a juíza mantém com o grupo Sarney são normais no plano privado, mas deveriam ter levado à suspeição”, disse o governador.

Juridicamente, disse Dino, juiz federal de carreira, a decisão é “disparatada”. Ele alegou que Reginato desrespeitou o Código de Processo Civil, porque a juíza usou como prova um vídeo de 2018 que ela própria achou na internet e sobre o qual a defesa só tomou conhecimento na sentença. Segundo Dino, a magistrada juntou ao processo uma prova considerada cabal para lhe aplicar uma sanção e não o ouviu.

A ação não estava no radar do grupo de Dino. Lançado em 2015, o Mais Asfalto é alvo de outras representações referentes às eleições de 2016. Em um dos processos, com origem em outra cidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão foi contrário à condenação dos envolvidos, e, por isso, o governador se julga tranquilo. “Esse programa fez obras em quase todas as cidades do Maranhão. É claro que partidários locais politizam para um lado ou outro. Mas não houve ingerência, intromissão, participação ou qualquer uso da máquina do governador a favor desse ou daquele candidato”, disse Carlos Sérgio Barros, advogado de Dino.

Para o grupo Sarney, a decisão da juíza foi um prato cheio. No dia seguinte, um vídeo circulava no WhatsApp reunindo as chamadas em sites e jornais com a palavra “inelegível” em destaque. Na guerrilha de blogueiros apoiadores dos dois lados, os contrários a Dino divulgaram textos em que cravavam que sua candidatura estava impugnada. O governador cobrou dos auxiliares um recurso imediato ao TRE. Foi avisado de que a Corte dificilmente daria uma decisão rápida.

Na matemática da equipe de Dino, em consonância com especialistas ouvidos pela reportagem, é praticamente impossível que a sentença tenha efeito em outubro. Isso porque ela precisa ser confirmada pelo TRE, que está dando prioridade aos processos referentes às eleições de 2018. Eleito, Dino não corre o risco de perder o cargo por essa ação. Se o TRE confirmar sua inelegibilidade, ela só valerá para as próximas eleições. O governador acredita que conseguiu conter o estrago político ao usar as redes sociais para afirmar que a decisão não terá impacto nas eleições de 2018.


Placa inaugurada pela ex-prefeita Teresa Murad, cunhada do marido de Roseana Sarney, em frente à prefeitura de Coroatá. Os laços familiares continuam a explicar a política do Maranhão do século XXI - Júnior Foicinha

Dino derrotou Edison Lobão Filho, apoiado pela família Sarney, em 2014. Roseana Sarney renunciou dias antes de ele tomar posse para não ter de transmitir diretamente o bastão a ele. O grupo estava no poder, com pouquíssimas derrotas, desde janeiro de 1966, quando o ex-presidente José Sarney assumiu o governo do estado. Antes de Dino, o primeiro insucesso contundente da família foi para Jackson Lago, em 2006. O grupo, no entanto, conseguiu reverter o fracasso nas urnas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou o governador em 2009 e levou Roseana Sarney ao comando do estado numa decisão questionada por especialistas.

Aos 88 anos, Sarney investe pesado nestas eleições. Depois de quase 28 anos com domicílio eleitoral no Amapá, voltou a ser eleitor do Maranhão no início do ano. Sua mansão no bairro Calhau, em São Luís, cujos reflexos do abandono nos últimos anos estão nos muros mal pintados, voltou a ser ponto de encontro do ex-presidente com líderes e empresários. Segundo relatos, Sarney não era visto por tanto tempo no Maranhão havia anos. Em sua coluna semanal no jornal Estado do Maranhão, de sua propriedade, reforçou os ataques a Dino.

Com a máquina do governo estadual nas mãos, Dino tornou a vida dos Sarneys mais difícil. Ele chega à candidatura à reeleição com o apoio de 16 partidos, sete a mais do que tinha há quatro anos. Sarney viu seu grupo desmanchar. A quantidade de partidos na chapa de Roseana minguou para seis. Em 2014, Lobão Filho, candidato do grupo na disputa contra Dino, reunia 18 legendas.

Para tentar conter a debandada, o ex-presidente procurou presidentes nacionais de partidos que fecharam com Dino. Foi a Ciro Nogueira (PI), do PP. Procurou ACM Neto (BA), do DEM. Segundo políticos do DEM maranhense, Sarney cobrou do prefeito de Salvador a promessa de seu avô, Antonio Carlos Magalhães, de eterna aliança entre o MDB e o então PFL no estado. Depois da cobrança, de acordo com seus correligionários, ACM Neto comentou: “Então tá. Pede para o meu avô falar comigo”. O avô faleceu em 2007. ACM Neto não respondeu a ÉPOCA.

Na tentativa de se manter no poder, famílias tradicionais na política do Maranhão pularam para o barco de Dino, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas de institutos locais, com chance de vitória em primeiro turno. É o caso de André Fufuca (PP), segundo vice-presidente da Câmara, que faz campanha com a foto do governador. Prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Fufuca Dantas, pai do deputado, foi aliado de Sarney por anos. Gerações mais antigas também desembarcaram. É o caso do ex-ministro do Turismo Gastão Vieira. Em atrito com os senadores do estado, ele deixou o MDB rumo ao PROS e, agora, pede votos para deputado federal na chapa de Dino.


A juíza Anelise Reginato decretou a inelegibilidade do governador Flávio Dino (PCdoB), que vê a decisão como uma manobra para favorecer o clã Sarney - Reprodução

Com a chapa esvaziada, Roseana Sarney tem passado aperto na campanha. Em um dos primeiros eventos depois da formalização de sua candidatura, ela se atrasou em quase três horas para chegar ao bairro Anjos da Guarda, na periferia de São Luís, onde a família acreditava conservar força. O burburinho era que a equipe da ex-governadora segurava a chegada dela com a expectativa de o local lotar. Não adiantou. Com uma plateia de cerca de 300 pessoas, o vazio do fundo do galpão enquanto a ex-governadora discursava era evidente. A equipe de Roseana culpou a falta de dinheiro para a eleição e a “desorganização típica de início de campanha”.

Na chapa, Roseana carrega figuras conhecidas do eleitorado maranhense. Os candidatos a senador são Sarney Filho (PV), irmão dela, e o senador Edison Lobão (MDB), que tem como suplente o próprio filho Edison Lobão Filho. Os adversários na chapa de Dino, Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), sonham em derrotar a dupla com o discurso de que representam a nova política, contra uma “chapa centenária”. Em resposta, Lobão e Sarney Filho tentam pregar que a “experiência faz a diferença”.

Alternando o comando entre três famílias — Sarney, Murad e Lobão —, o grupo não conseguiu fazer a transição política para novos nomes e virou refém de si mesmo. Roseana resistia a disputar o governo. Só foi convencida depois de apelos do pai, que a apontava como única alternativa entre os aliados para garantir a sobrevivência do grupo.

Questionada sobre a tentativa da família Sarney de voltar ao poder, Roseana reclama do que chama de “preconceito” contra o sobrenome que carrega. “Tenho nome e sobrenome. Gostaria que começassem a respeitar o meu nome, não a família. A família é uma coisa. A Roseana é outra”, disse. Ela negou influência na decisão da juíza Reginato. Disse que não a conhece. “Jamais vi na vida.”

Em comum, Dino e Roseana têm levado o nome do ex-presidente Lula para os eventos da campanha. Em uma caminhada pela Raposa, município da região metropolitana de São Luís, o público se empolgou quando um dos aliados de Dino gritou “Lula livre”. O mesmo ocorreu em Anjos da Guarda, quando Roseana disse que seu candidato à Presidência é Lula. Em mais uma derrota para ela, o vice do ex-presidente, Fernando Haddad, que deverá ocupar o lugar do petista na disputa, gravou vídeo em que reforça que Dino é o candidato de Lula no estado.

Para o governador, o grupo Sarney ainda apresentará surpresas na campanha. “Quando entro em campanha contra eles, sempre estou preparado. Essa (a inelegibilidade) é a primeira tentativa de muitas que virão”, disse. Em termos de ações, a disputa promete ser acirrada. Um aliado de Dino entrou com pedido de impugnação da candidatura de Roseana, em que ela é acusada de ser sócia de empresas com contratos com o poder público nos seis meses anteriores às eleições.

Dino não pode ser chamado de desprevenido. Cunhada de Sarney, a desembargadora Nelma Sarney seria, pelo critério de antiguidade, eleita presidente do Tribunal de Justiça do estado no ano passado. Quebrando a tradição, os colegas elegeram José Joaquim Figueiredo dos Anjos, numa derrota do clã Sarney no Judiciário, onde tradicionalmente tem grande influência. O governador negou ingerência em outros Poderes, mas a família atribuiu a perda à forte atuação de Dino.

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