Governador Flávio Dino se rende ao prestamismo e faz comício com o agiota César Brito em Bacabal


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O prestamista César Antônio da Costa Brito, candidato do Partido Popular Socialista (PPS) a prefeitura de Bacabal na eleição suplementar que acontecerá dia 28 e outubro, passou os últimos 4 anos garantindo ter emprestado ao governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino de Castro e Costa, R$ 700.000,00 (setecentos mil reais) para serem uados n a primeira campanha do governador. Brito também acrescentava que usou o empréstimo como estratégia para 'entrar' para o grupo do então candidato, à época franco-favorito na disputa eleitoral da qual saiu vencedor.

O dinheiro, segundo contava o próprio César, chegou a campanha do então candidato fazendo um trajeto que envolveu o principal representante de Dino no médio Mearim, o ex-prefeito de Bom Lugar, Marcos Miranda, o ex-deputado federal e ex-prefeito de Matões, Rubens Pereira e o então coordenador da campanha do hoje governador, deputado federal eleito Márcio Jerry, que ocupou no governo o mais influente cargo político de sua estrutura.

Flávio Dino sempre negou a existência de caixa dois em sua campanha, e mesmo, se investigado pela Justiça Eleitoral, não foi comprovado. O nome de Brito, também, não consta da relação de doadores da campanha do governador. E, se vier a constar, deve provocar contra o próprio Brito uma ação de investigação o parte da Receita Federal, uma vez que César Antônio da Costa Brito se declara um homem pobre e sem bens.

Não foi recebido e cobrou
Em vídeo de declaração de apoio a César Brito o governador afirmou que é amigo do agiota a cerca de 10 anos. Entretanto, o candidato a prefeito de Bacabal passou os últimos quatro anos tentando ser recebido pelo governador 'em palácio', o que nunca aconteceu.

Brito sempre andou pelas anti-salas do palácio, ora sendo recebido por Rubens Pereira, ora sendo recebido por Márcio Jerry. Seus encontros, fortuitos, com o governador sempre aconteceram em Bacabal, em eventos públicos dos quais Dino participou, ou em reuniões na casa do prefeito deposto José Vieira Lins, quando um Flávio Dino 'constrangido' mal possava para fotos com césar Brito.

A negativa do governador em receber o hoje candidato a prefeito gerou grande desconforto em César, que fez uso dos meios que o prestamismo utiliza para cobrar a fatura. Brito usou destes meios para cobrar do 'colega' Marcos Miranda, que por sua vez fez pressão sobre Rubens Pereira, que pressionou Márcio Jerry, que pressionou o governador, que manteve a posição de não receber o agiota em palácio.

Diante das pressões de Brito, Marcos Miranda acabou quitando o empréstimo que o 'colega' fez para a campanha de Flávio Dino com os seus próprios recursos, mas César Brito, mesmo recebendo o dinheiro, nunca considerou a dívida quitada, o que acabou gerando estremecimento na relação entre os dois, com a situação quase descambando para a violência extrema.

Marcos Miranda, homem de confiança do governador reeleito na região do médio Mearim, é o controlador de todos os cargos e funções que fazem parte da estrutura administrativa do Estado em Bacabal, tendo, inclusive, indicado o nome de um irmão de César para diretor regional da 5ª Ciretran.

Miranda é, ainda, controlador de empresas que prestam serviço para o próprio governo Dino e, em um esquema montado pelo próprio César e por Jaime Rocha, principal assessor do prefeito deposto José Vieira, passou também a controlar contas do município de Bacabal, a exemplo da venda de combustíveis.

A necessidade da continuidade destes negócios fez com que Marcos Miranda deixasse de lado os problemas que aconteceram, e se tornasse o principal agente avalizador da campanha de César Brito na eleição suplementar bacabalense, inclusive trazendo o governador à declaração de apoio e ao palanque, hoje, quinta-feira, 18 de outubro, do agiota que o constrangeu e, por extensão, constrangeu ao próprio governador.

Mas o ato de Flávio Dino de Castro e Costa em favor de César Antônio da Costa Brito é um ato perfeitamente inteligível. Afinal Flávio Dino de Castro e Costa é um comunista que crê em Deus, portando praticante do arrependimento e pregador do perdão, bases da doutrina cristã. Não encare isso, nunca, como pagamento de dívida.

Abel Carvalho
Jornalista profissional registro 863 - Ma

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