João Marcelo aprova decisão do MDB de apoiar medidas do Governo Bolsonaro, mas defende bancada independente

Ribamar Corrêa, Repórter Tempo - O MDB vai dar um voto de confiança ao presidente Jair Bolsonaro, apoiando as principais medidas que ele propuser, mas não será parte formal da base governista e atuará no Congresso Nacional, principalmente na Câmara Federal, com total independência.
Foi essa a decisão tomada pelo partido após a reunião da futura bancada, segunda-feira (03) com o presidente eleito Jair Bolsonaro, que pediu o apoio do partido argumentando que um dos seus objetivos será mudar a forma de relacionamento do Poder Executivo com o Congresso Nacional, acabando com o toma-lá-dá-cá. Esse resumo foi feito pelo deputado federal reeleito João Marcelo de Souza, um dos dois representantes do MDB na bancada do Maranhão na Câmara Federal.
Centrado, com os pés no chão e já com a rica experiência de um mandato sem alarde mas eficiente e produtivo, o deputado João Marcelo avalia que a posição do MDB não é a ideal, mas foi ajustada à situação política do Brasil neste momento. Há um Governo novo se instalando e um presidente eleito chamando para conversar e prometendo cumprir compromissos com o parlamento – a liberação das emendas, por exemplo -, mas sem fazer concessões no que diz respeito à indicação para cargos públicos.
Na interpretação do deputado emedebista, do ponto de vista geral, tudo bem, mas existe, por exemplo, a realidade do Nordeste, onde a grande massa mais pobre da população e os seus representantes políticos, entre eles o próprio maranhense, estão preocupados com o destino dos programas sociais, como o Bolsa Família, hoje fundamentais no combate efetivo à pobreza.
João Marcelo é partidário do apoio do MDB às medidas positivas que vierem a ser propostas pelo Governo, mas defende que o MDB se posicione firmemente em relação a matérias como a reforma da previdência, por exemplo. Acha que no caso o MDB deve atuar com independência, definindo suas posições em debate interno.
Na sua visão, o apoio desenhado ao futuro Governo tem também a ver com o fato de o presidente Jair Bolsonaro ter entregue um dos ministérios mais importantes, o da Cidadania, ao deputado federal emedebista Osmar Terra, vendo nisso uma demonstração de prestígio do partido. E acredita que, apesar de todos os problemas que vem enfrentando, o MDB vai sobreviver, saindo da crise como um partido bem mais enxuto, mas com força suficiente para se manter como uma agremiação influente.
No plano político pessoal, o jovem parlamentar emedebista se mostra preparado para exercer um mandato mais eficiente do que o primeiro, que foi considerado muito positivo, tanto que foi reeleito com boa votação. Ele considera que, além de debater as questões nacionais que aterrissarão no Congresso Nacional, muito do seu mandato continuará sendo dedicado ao trabalho de garimpar benefícios para os municípios onde atua e para o estado como um todo.

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